segunda-feira, 25 de junho de 2012

No sábado que começou frenético, eu já estava com um olho aberto e o outro fechado as 6 da manhã, quando ele chegou no ônibus noturno e me enviou uma mensagem dizendo que estava bem, estava no Rio. Eu era ou estava ansiedade pura, não só pelo nosso reencontro, que é sempre novo, sempre o primeiro, e sempre de anos, mas porque faria minha primeira exposição oficial de toda o inventário de afetos que carrego comigo já faz um tempo. Umas coisas que já foram ruins, excessivamente dramáticas, engraçadas, estranhas e que hoje em dia, incrivelmente, consegui transformar em celebração. Os corpos de diferentes partes da cidade e diferentes tempos da história conjunta, vieram participar e encontrar um coração honestamente exposto em uma porção de papel e muito branco. Eu não relatei isso pra qualquer pessoa, mas chegar a um ponto onde todas as coisas importantes que senti, formam um emaranhado de matéria plástica, de beleza (porque sim, me orgulho dela) e fragilidade interessantes, como sua própria essência, é um alívio avassalador, como respirar depois de um loooongo mergulho composto de inúmeros questionamentos silenciosos, um bocado de raiva, uma descrença tamanha e um pouco de deixa a corrente me levar, afinal é tudo água, somos todos água também. Ou isso é maturidade bem vinda ou foi essa coisa de ser premiada com amor, que muda tudo rapaz, muda tudo.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Hoje eu só queria dançar Tim Maia o dia inteiro com você.