sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A caminho da meia-noite, constato que eu tenho medo de só pensar que larguei tudo pela metade porque pensei que não era muito capaz e na verdade largar foi o que não me tornou capaz. Aqui estou eu, uma metade de quase tudo que já fiz, rodeando o mundo em busca de soluções para os próximos anos enquanto comparo minha vida profissional com a de pelo menos 30 amigos do meu círculo de convivência (que fazem coisas bastante distintas das que escolhi pra mim)e calculo se o erro foi a maneira como comecei ou o erro ainda é não acreditar. As pessoas cansam de repetir que o que não vale é ficar parada se lamentando do que não acontece e colocando a culpa nos outros. A verdade é que tomo isso como consciência todas as manhãs quando acordo, e preciso dizer que não deixo de tentar nem um dia, e quando um não funciona, parto pra outro e outro e mais outro. Desde quando comecei a provar coisas e me desanimei com uma porção delas, por falta de estímulo intelectual ou babação de ovo em execesso, venho rodando e rodando sem parar, numa ansiedada catastrófica que me come as noites de sono leve e me traz sonhos não interpretáveis que alimentam meu blog e nada mais. Não sei pra onde andar, se não para frente. E me envergonho de reclamar, porque tive tudo e mais um pouco quando olhei pra vida e ela me disse sim. Só fico pensando se agora ela começou a dizer não.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Tudo que eu precisava era abrir meu baú de declarações, de romantismos (dos outros) colecionados em trechos, fotos, legenda de filme, sei lá. Tudo aquilo que eu esperava mostrar e dizer, no dia em que eu o encontrasse.
Eu nunca acreditava nos 45 minutos do segundo tempo, que a letícia sempre contava e agora me pego colocando moldura na foto que tirei as 6 da tarde na varanda em Santa Cecília enquanto segurava o tempo na mão, e ele, o tempo, todo manso concordava em ficar ali. As inquietações da vida não diminuiram, só mudaram. Desaprendi a escrever e continuo duvidando do futuro. Mas de você, amor (o amor), não duvido mais.