domingo, 10 de abril de 2011

Eu entendo que permanecer numa repetida nostalgia pode ser um sentido contrario a qualquer continuidade que eu deveria dar a minha vida. Porém, como conclui que nada do aconteceu nesse corte no tempo que me foi dado para existir, deve ser superado, vou continuar dizendo que me falta ar quando escuto Paris na frase, como ja sentia gradualmente quando percebi que o proximo vinha chegando, esse exato presente em que escrevo.
Nao é o Rio de Janeiro que nao é, ele é. Assim como todas os meus pequenos pedaços que existem nele. Porém, a cidade de Paris se misturou a mim. O cheiro do meu quarto, o desenho das ruas, o vento e o pequeno volume das vozes, tudo, pertence ao meu corpo, porque foram coisas possiveis. Este corpo parece por vezes suspenso tentanto compreender um novo espaço. Num mesmo instante em que simplesmente só o re-conhece, porque foi ele e nele todo o tempo em que existiu. Estou, estamos, tentando organizar esta nova composiçao determinada, enquanto supomos um novo encontro.

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