sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A caminho da meia-noite, constato que eu tenho medo de só pensar que larguei tudo pela metade porque pensei que não era muito capaz e na verdade largar foi o que não me tornou capaz. Aqui estou eu, uma metade de quase tudo que já fiz, rodeando o mundo em busca de soluções para os próximos anos enquanto comparo minha vida profissional com a de pelo menos 30 amigos do meu círculo de convivência (que fazem coisas bastante distintas das que escolhi pra mim)e calculo se o erro foi a maneira como comecei ou o erro ainda é não acreditar. As pessoas cansam de repetir que o que não vale é ficar parada se lamentando do que não acontece e colocando a culpa nos outros. A verdade é que tomo isso como consciência todas as manhãs quando acordo, e preciso dizer que não deixo de tentar nem um dia, e quando um não funciona, parto pra outro e outro e mais outro. Desde quando comecei a provar coisas e me desanimei com uma porção delas, por falta de estímulo intelectual ou babação de ovo em execesso, venho rodando e rodando sem parar, numa ansiedada catastrófica que me come as noites de sono leve e me traz sonhos não interpretáveis que alimentam meu blog e nada mais. Não sei pra onde andar, se não para frente. E me envergonho de reclamar, porque tive tudo e mais um pouco quando olhei pra vida e ela me disse sim. Só fico pensando se agora ela começou a dizer não.

4 comentários:

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  2. sobe a escada,
    olha pra cima
    e vê o que tá escrito.

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  3. ei bia sinto todos os dias semelhante sensação
    mas acorda todas a manhãs, olha pro alto mira no azul.

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  4. Bia, essa sensação vai te acompanhar daqui para frente. Acho que isso é ser adulto, ou só chato, talvez um bocado ranzinza, naõ sei. Abrace as oportunidades e esgote-as. Essa é única forma de se sentir não so producente, mas vivo.

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