terça-feira, 9 de março de 2010

Nesse 1 mes que passou voando, mas que tambem me doou a sensaçao de ter vivido muito na cidade, eu percebi que muitas coisas funcionam aqui. O onibus chega em 17 minutos exatos, os saloes burocraticos tem suas multidoes de pessoas, mas resolve-se tudo como o desejado, as pessoas dizem, as bicicletas sao trocadas, os dias vão....nao sei, é um sensaçao de uma maquina bem pensada. Claro, que se pensar em listas, vou conseguir fazer uma de coisas que conclui como muito mal feitas, mas em geral, tenhos menos dores de cabeças com elas. Vez ou outra escuto o barulho baixo que a cidade faz a luz do dia. Os franceses sao nosso oposto: sussurram. Vez ou outra, me escolho trilhas sonoras, e quando tem sol, os franceses até entram no ritmo, vestindo chapeu de paetes rosas, polainas listradas ou cabelo verdes. O preto deve diminuir na primavera, a ousadia deve aumentar. Tenho cumprido meus compromissos comigo mesma: ir a pelo menos um museu por semana, mas nao resisti a nutella e os queijos baratos.
Hoje posso dizer que estou legalmente na frança, porque depois de 28 segundos sem minhas roupas, duas respiraçoes profundas, uma radiografia do pulmao, e perguntas médicas de praxe, ganhei um selo no passaporte. Meu exercicio sao as escadas.
Eu ando imaginando sempre como seria se eu parasse pra conversar com metade das pessoas que cruzam o meu caminho diariamente. Falando em diario, tenho feitos minhas notas de memorias, escrito meu sorriso pra quem lê, me aproximado, e me afastado,
porque afinal, o que interessa sao as pessoas.
Na minha fala meio maltrapilha, acredito que minha voz fique mais fina,
queria que meu coraçao estivesse suspenso. Como eles todos devem estar.
Hoje saí com a boca vermelha.


Estou ha 41 dias em Paris.

Um comentário:

  1. meu coração suspenso.
    seus latidos provocam círculos na superfície do meu corpo.

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