segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O mês começou agora. recarrega-se o cartão do metrô numa maquina bem futurista que nao aceita notas de cent euros. Atravessso a avenida, compro chocolates kinder no supermarché e volto pra repetir o processo todo.
Paris tem uma paleta incrivel de linhas de metrô, aos poucos me acostumo com os nomes de dificil pronunciaçao de cada uma das estaçoes. Sabe que aqui tambem existe uma Sao Francisco Xavier? a pronúncia ta distante da nossa. Há um mundo subterreno, de indicaçao cor-número-sentido. Nao tenho encarado ninguém, mas vou só observando pela ponta dos sapatos, e pulando pros fios de cabelo. Na estaçao cluny-la sorbonne o mesmo odor insuportável dos arredores do theatro municipal do Rio de Janeiro, e além dos bebados bonsoir mademoiselle, nao senti nada corporal muito forte.
O frio tem sido pouco gentil, mas ja me sentei de baixo da torre eiffel amarela na noite de lua cheia, comi crepe numa esquina, passei por montmartre e visitei o pompidou duas vezes. Os estudantes com menos de 26 anos entram de graça.Super!
Minhas botas vermelhas confortaveis descem e sobem escadarias que se prolongam, e ja ouvi historias de corredores estreitos que me fizeram sentir medo. Nao conhecer a cidade traz um sensaçao de vulnerabilidade ha qualquer tempo.
Leio as embalagens em francês, as placas e os anúncios, e tento sem pouco êxito pescar trechos de conversas de pessoas que passam por mim: como faziamos, eu e lucenne, nosso trabalho na rua da alfandega, terça-feira a tarde.
Mas penso que esse é só o début: a língua vai se tornando menos distante, um café chega no corredor da sorbonne, e o estilo de vida se acopla ao corpo como se a gente nem percebesse.

estou ha 7 dias em Paris.

Um comentário:

  1. meu deus, como passa rápido.
    e ao mesmo tempo, já me parece um mês...o tempo ñ existe.
    beijo

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